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Dúvidas Frequentes

O que é um Libertário?

Um Libertário acredita no princípio da Liberdade, que você deve ser livre para tomar decisões sobre a sua própria vida desde que não interfira com os direitos básicos dos outros -- vida, liberdade e propriedade. Libertários acreditam que o governo tem a função legítima de proteger esses direitos. Veja também: O que é Libertarismo?, de Marilee Haylock.

 

Que enfoque terão os Libertários se forem eleitos?

Se um governo Libertário for eleito, ele reduzirá os impostos a um nível mínimo e reduzirá o tamanho do Estado a um mínimo. Ele também retiraria restrições às liberdades económicas, culturais, sociais e individuais e buscaria reduzir a interferência do governo nas diversas áreas da vida, tanto quanto possível. Ele manteria o que nós vemos como funções legítimas do governo -- a administração da Justiça, da Segurança Pública e das Forças Armadas -- e asseguraria que essas funções funcionassem efetivamente na proteção dos direitos e liberdades. ele também acabará com o Capitalismo selvagem.

E se meu parlamentar for o único Libertário ou apenas um entre poucos?

Óptimo. Se indivíduos Libertários forem eleitos para o Parlamento (ou mesmo a uma Câmara Municipal), eles votarão contra todas as leis que restringem as liberdades pessoais e económicas e a favor de leis que aumentam a liberdade dos indivíduos. Eles teriam uma posição privilegiada para divulgar a mensagem Libertária em Portugal.

Mas e os programas sociais para os necessitados?

Um Governo é força. Libertários acreditam numa situação onde todos ganham: uma sociedade voluntária onde as pessoas cooperam através do comércio e da caridade. A questão moral aqui é que os Libertários acreditam que não é certo tomar de uma pessoa à força para suprir as necessidades de outra. Os Libertários acreditam em minimizar os impostos e financiar o governo por outros meios, se possível. Programas sociais para os necessitados devem ser fornecidos através de meios voluntários. Forçar os outros a "dar" não é justo nem generoso. O governo não deve decidir quem precisa de ajuda, porque o assistencialismo é prejudicial para algumas pessoas: ele incentiva a dependência, a falta de iniciativa e a falta de planejamento. Uma economia livre produzirá mais riqueza para todos. Impostos são uma maneira de privar as pessoas de suas riquezas e da capacidade de investir essa riqueza em novos negócios, que no final das contas beneficiariam os mais pobres.

 

Muitas pessoas são egoístas. Não podemos depender de outros para dar aos necessitados por conta própria. Vocês não estão sendo optimistas demais em relação à natureza humana?

Não. Libertários também são cépticos sobre a natureza humana e acreditam que as pessoas no governo não devem ter poder demais sobre os outros. Há muitos portugueses generosos que fazem doações à caridade, mesmo agora com impostos altos. Pense nas possibilidades de doação em uma sociedade com impostos extremamente baixos. As pessoas se preocupam em sustentar as suas próprias famílias e em viver responsavelmente e elas precisam ser livres para tomar suas próprias decisões quanto ao uso do seu dinheiro. A maior parte das pessoas com quem convivemos são boas a maior parte do tempo -- caso contrário a Sociedade não funcionaria -- nós confiamos nas pessoas como iguais. No entanto, quanto mais poder dermos aos outros, mais distorcidas as coisas ficam. Como Lord Acton disse, "o Poder corrompe".

 

Vocês não são contra os pobres? E os programas de ajuda governamental às empresas?

Não, uma sociedade mais livre removerá os obstáculos aos desavantajados e os ajudará a crescer economicamente, para acabar com a pobreza. Os Libertários mudarão a natureza do governo. Um grande factor para os descontrole do governo é a influência das grandes empresas. Nenhum grupo económico deve usar o governo para controlar os outros ou para beneficiar seu próprio negócio. O Mercado Livre deve operar sem interferência. Os Libertários abolirão subsídios e restrições à livre concorrência.

E os mais necessitados? Os Libertários defendem o egoísmo e o interesse próprio?

Os Libertários acreditam que os mais necessitados em nossa sociedade são os mais prejudicados pelo sistema vigente, no qual o governo beneficia grandes grupos económicos de interesse às custas dos pagadores de impostos. Dinheiro que os indivíduos poderiam estar direcionando para crianças autistas, idosos pobres ou um novo negócio por exemplo, estão indo para o governo que o utiliza para manter a sua estrutura clientilista inchada e para subsidiar indústrias existentes pertencentes aos grandes grupos económicos nacionais e estrangeiros.

O governo também estabelece leis que restringem o acesso a várias profissões. As leis vigentes impedem o acesso dos menos qualificados aos degraus mais baixos da escada do sucesso. Em geral, nossa sociedade como um todo é muito mais pobre do que deveria e sofre com a falta de oportunidades causadas pelos nossos impostos exorbitantes, pelas nossas leis que causam desemprego e pelo excesso de centralização que desestimula a iniciativa pessoal.

Os Libertários acreditam em respeitar as escolhas dos outros. Os Libertários reconhecem que indivíduos sempre vão defender seus próprios interesses em qualquer sistema de governo -- inclusive o sistema vigente. É bom que as pessoas sejam motivadas a resolver problemas e perseguir seus desejos e necessidades, pois isso leva a um nível de inovação e produtividade que beneficia a todos. No entanto, é muito melhor que o indivíduos defendam os seus interesses num ambiente de livre mercado ao invés de usar o poder governamental para isso.

A motivação para fazer o bem ao próximo vai além dos motivos materiais. No entanto, esses motivos podem ser caracterizados como interesse próprio uma vez que o benevolente pode, por exemplo, sentir-se melhor consigo mesmo através do acto de bondade.

Por isso, os Libertários acreditam que é bom e necessário ajudar o próximo através de caridade privada, mas acreditamos que não é justificável dar poderes ao governo - ocupado por pessoas medíocres buscando seus próprios interesses - de forçar uma pessoa a entregar grande parte de sua riqueza ao governo com o suposto objectivo de ajudar os outros.